Embora seja possível praticar Orientação em praticamente todos os tipos de mapas, é muito mais interessante utilizar mapas criados exclusivamente para a Orientação. Esses mapas são precisos e detalhados, e estão preparados para uma "escala humana", ou seja, o terreno e as características que aparecem no mapa são aquelas que uma pessoa, ao mover-se nessa área, observa facilmente.
Por exemplo, rochas com apenas 1 metro de altura aparecem nos mapas de Orientação.
O mapa de Orientação evoluiu consideravelmente ao longo dos últimos 50 anos. Nos anos 40, realizavam-se eventos na Escandinávia onde se utilizavam mapas na escala 1:100.000 (1 cm = 1 Km), geralmente a preto e branco e sem curvas de nível para mostrar o relevo do terreno. Hoje em dia, a maioria dos eventos realizam-se em mapas a 5 cores, com curvas de nível com 5 metros de equidistância e têm escalas 1:15.000 (1cm = 150 metros) ou 1:10.000 (1 cm = 100 metros).
Muitas das características dos mapas de orientação estão relacionadas com as encontradas nos mapas militares e de outros organismos. No entanto, existe uma característica nos mapas de orientação que é específica deste desporto: as Linhas de Norte.
As Linhas de Norte são linhas paralelas desenhadas do Sul Magnético para o Norte Magnético, espaçadas geralmente 500 metros (1:15.000) ou 250 metros (1:10.000). Estas linhas são normalmente pretas.
Mas por que razão as Linhas de Norte dos mapas de Orientação, não apontam para o Norte Geográfico? Porque o ângulo entre o Norte Magnético e o Norte Geográfico (a declinação magnética) varia bastante em diferentes partes do mundo, e como os praticantes de orientação utilizam bússolas (que indicam o Norte Magnético e não o Norte Geográfico), estas linhas acabaram por se tornar uma norma de modo a evitar a existência de uma série de linhas de referência nos mapas, o que complicaria o processo de tirar azimutes.
Existe um conjunto de regras para a simbologia dos mapas, que têm como objectivo standardizar a criação de mapas em todo o mundo.
"O Mapa é o maior dos poemas épicos. As suas linhas
e cores mostram a realização de grandes sonhos"
Gilbert H. Grosvenor
Editor da National Geographic
(1903-1954)
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